Tecnologia

TARGIT e o Mundo Bimodal do BI

O mundo de Business Intelligence (BI) é igual ao resto do mundo – cada vez mais e mais complexo a cada dia que passa.

É fácil se sentir sobrecarregado de informações quando você precisa decidir qual(is) ferramenta(s) usar para implementar BI, especialmente porque, muitas vezes, esse meio está cheio de termos técnicos complicados. 

Tudo isso (incluindo os diversos termos técnicos complicados) parece ser igualmente importante, e todos os fornecedores de BI têm uma checklist enorme para te mostrar que a ferramenta deles tem tudo o que você precisa.

Então, quais devem ser seus critérios para selecionar a ferramenta de BI ideal?

Acredito que uma boa maneira de abordar esse problema seja entender o que uma implementação de BI pode fazer por você. A implementação ideal consiste em 2 etapas que trarão valor para sua organização:

Etapa 1 – Fornecer a todos na organização indicadores válidos para apoiar suas tomadas de decisão. Esses dados dos indicadores precisam passar por uma validação e estar de acordo com as regras de negócio da empresa. Esta etapa estabelecerá confiabilidade e garantirá que todos estejam na mesma página.

Observação: Essa primeira parte da implementação deve ser baseada em fontes de dados compartilhadas e globais. Sua estrutura deve ser governada para garantir segurança e eficiência. Feita corretamente, com uma ferramenta que suporte os recursos necessários, ajudará a facilitar uma cultura de decisões baseadas em dados em toda a organização.

Etapa 2 – Com a etapa 1 bem estabelecida, você pode agora permitir um comportamento mais experimental entre os usuários do BI. Eles devem ter permissão para integrar fontes de dados e testar suas hipóteses ou acelerar uma prototipagem antes de consolidar os dados no data warehouse compartilhado.

Observação: A Etapa 2 será menos segura, porém mais rápida que a etapa 1. Você também pode integrar dados mais rapidamente sem comprometer a confiança, pois já estabeleceu um data warehouse válido na etapa 1.

Com ambas as etapas implementadas com sucesso, você agora possui uma base segura e eficiente, juntamente com a capacidade de reagir rapidamente às mudanças no mercado e entender como elas impactam seu negócio.

Na linguagem dos termos técnicos complicados, agora você tem uma abordagem bimodal e sua(s) ferramenta(s) deve(m) suportar ambas as etapas da maneira mais eficiente possível.

De acordo com a Gartner, bimodal é um conceito que não se aplica apenas ao mundo de BI, mas também à gestão do trabalho de forma geral. Traduzido para o mundo do BI, o bimodal consiste em dois modos de trabalho:

O que é bimodal?

Modo 1

É a criação de uma base padronizada, validada e confiável de dados que estabelecerá uma base sólida em sua jornada para se tornar orientado por dados. Nas implementações de BI, essa base geralmente consistirá em fontes de dados compartilhadas e validadas, também conhecidas como um data warehouse.

Modo 2

É a realização de análises experimentais e exploratórias, não restritas ou desaceleradas pela necessidade de aplicar regras de negócio ou obter números 100% precisos no primeiro rascunho. Em termos de BI, esse modo geralmente utiliza fontes de dados ad hoc, que são rapidamente substituídas ou promovidas para o data warehouse.

A Gartner ilustra a ideia da seguinte forma:

BI Empresarial e Data Discovery

Os dois modos se traduzem no mundo de BI da seguinte forma:

BI empresarial = Modo 1

Data Discovery = Modo 2

O diagrama da Gartner ilustra essas duas posições no mercado, usando o TARGIT e o Power BI como exemplos de ferramentas de BI em que as ideias originais incorporadas à ferramenta foram baseadas, respectivamente, no Modo 1 e no Modo 2.

As setas na ilustração abaixo indicam que ambos os tipos de ferramentas têm o ímpeto de expandir além de seu habitat natural e abranger ambos os modos em uma implementação bimodal de BI.

Modo 1 antes do Modo 2

A base (Modo 1) deve vir primeiro. Depois de estabelecer uma base de dados confiável (o data warehouse), você pode permitir que os usuários façam relatórios self-service com base nestes dados, o que, aliás, é o que os clientes da TARGIT costumam fazer o tempo todo.

O que você deve evitar nessa etapa é que alguém crie seu próprio banco de dados. Imagine, por exemplo, um conjunto de dados financeiros que compete com os indicadores-chave de toda a empresa, extraídos e validados direto do ERP.

Em algum momento, você introduzirá o Modo 2 (ou talvez o introduza em áreas limitadas de forma paralela ao uso global do Modo 1 na organização).

Com essa segunda etapa concluída, você poderá expandir o termo “self-service” para abranger fontes de dados ad hoc que são rapidamente incorporadas para experimentação, prototipagem ou teste de determinada hipótese.

Uma coisa realmente boa sobre essa abordagem é que, quando a experimentação é bem explorada e traz novos insights, você terá um lugar para armazenar todo esse novo aprendizado – o data warehouse.

É importante observar que, em uma implementação bem-sucedida, o Modo 2 na verdade enriquecerá o Modo 1. Se o seu projeto de BI começa com o Data Discovery (Modo 2), em algum momento ele ficará estagnado. Haverá muitas fontes de dados descentralizadas e conflitantes sem nenhum controle de acesso, e se tornará impossível de gerenciar.

Isso é amplamente reconhecido e foi abordado recentemente pela Microsoft, que vê o Power BI Premium como a maneira de preencher essa lacuna.

Custo Total da Propriedade

Tenha em mente que uma jornada com o Power BI – talvez inicialmente escolhida com base no baixo custo de licença – criará um custo de 5000 dólares por mês por capacidade quando seu projeto de BI começar a ter sucesso.

Isso só te dá mais motivos para começar com uma ferramenta do Modo 1, que seja escalável de forma econômica e não introduza um custo adicional logo quando sua jornada está começando.

O Custo Total da Propriedade (TCO) precisa ser avaliado não apenas no momento atual, mas também a longo prazo.

A ferramenta certa para o seu negócio.

A TARGIT, é claro, recomenda que você use nossa ferramenta para implementar tanto o Modo 1 quanto o Modo 2. Mas é justo dizer que no mundo da descoberta de dados, existem várias ferramentas disponíveis.

Muitas implementações de BI atualmente são dependentes de mais de uma ferramenta – talvez uma ferramenta para suportar o Modo 1 (por exemplo, TARGIT) e uma ou mais ferramenta(s) dedicadas ao Modo 2 (por exemplo, Power BI).

Indo na direção certa com o BI Bimodal

Em resumo, comece sua jornada de BI com uma ferramenta do tipo Modo 1 e evite armadilhas como:

  • Confusão sobre a origem e veracidade dos dados;
  • Falta de controle de acesso e problemas para fornecer os dados corretos ao público certo;
  • Falta de transparência no Custo Total da Propriedade (TCO) caso seu projeto de BI expanda além de uma ferramenta do Modo 2, conforme descrito acima

Após concluir o Modo 1, avance e introduza o Modo 2 no seu negócio. Você verá que só tem a ganhar com a velocidade e liberdade que esse tipo de ferramenta traz para enriquecer seus data warehouse.

Essa é uma jornada bimodal em direção ao sucesso!

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