Quando a tecnologia te atrapalha?
Já parou para pensar quando a tecnologia te atrapalha mais do que ajuda? É até um tanto contraditório, pois quando falamos em tecnologia é comum pensarmos em inovação e progresso. É divertido imaginar como será um futuro com ferramentas que facilitam nosso dia a dia, desde o famigerado carro voador, Hoverboards, Cérebros Positrônicos até a termos emergentes, como Inteligência Artificial, 5G, Wifi 6, etc.
Contudo, acompanhando especificamente a relação atual das empresas com a tecnologia, um cenário comum que encontramos, dentre diversos tipos de organizações, é de infraestruturas congestionadas de sistemas antigos, entrelaçados com sistemas novos com um baixo engajamento entre os usuários.
Logo, aquela aquisição de uma tecnologia promissora feita pela empresa para revolucionar sua operação, e maximizar seus lucros, acaba não alcançando o ROI esperado, e, no final, gera mais dor de cabeça para os líderes e colaboradores do que qualquer outra coisa. Sem levar em consideração que a troca de tecnologia, em muitos casos, pode se tornar algo demorado e custoso.
Sendo assim, separamos 4 principais dicas para evitar investir em tecnologias ineficazes na sua operação:
1. Capacitação
Não é justo esperar que um novo produto tecnológico, seja qual for, revolucione processos estabelecidos há anos da noite para o dia. Empresas são constituídas por pessoas, e pessoas carregam dentro de si hábitos que são difíceis de mudar.
Mesmo que novos aplicativos estão vindo para automatizar processos e amenizar esforços, no final do dia são os colaboradores que serão os encarregados de usar e acompanhar essas novas soluções. Se eles não forem capacitados da melhor forma para aproveitá-las, dificilmente elas encontrarão utilidade no dia a dia.
Ao adotar uma nova solução, é importante ter um planejamento antecipando possíveis treinamentos, suporte e acompanhamentos periódicos do desempenho e usabilidade da solução, algo que garantirá o engajamento dos usuários com a ferramenta. Leve em consideração se o fornecedor tem um processo de Onboarding incluso a aquisição do produto, algo que acelerará a adoção dos usuários.
2. Nível de complexidade
A Complexidade pode ser vista de vários ângulos, a usabilidade de determinado produto pode ser complexa para usuários não técnicos, mas para profissionais especializados em TI pode se tratar de conhecimento básico, ou, no pior dos casos, pode ser complexo para os dois públicos.
A complexidade também pode ser encontrada em soluções que resolvem mil e um problemas, mas é ofertada de tal forma que o emaranhado de recursos acaba confundindo mais os usuários finais do que os ajudando, além da possibilidade de você estar pagando mais por recursos que não utiliza.
Por esse motivo, não só a oferta do novo produto é importante, mas também como ele é ofertado. As vezes tudo que seu negócio precisa é de recursos básicos no início, para que posteriormente você possa adotar um plano mais avançado quando sua operação estiver mais madura em relação ao produto.
Portanto, considere seu usuário final antes de fazer alguma aquisição, avalie se o produto atende suas expectativas de acordo com cada plano ofertado e, sempre que possível, opte por soluções que tornam o complexo simples.
Mas lembre-se, um produto muito básico pode deixar a desejar da mesma forma que um produto muito robusto pode custar caro e desorientar. Afinal, as vezes você pode ter comprado uma Ferrari somente para fazer compras no mercado, ou então você pode ter adquirido um fusca para competir em F1.
3. Expertise no setor
Nem todo produto tecnológico é bom, e nem todo produto bom é útil. Pense que a sua organização, como qualquer outra dentro do seu setor, tem necessidades e desafios semelhantes que poderão ser sanados por ferramenta X ou Y do mercado, mas acima de tudo, sua organização também tem particularidades e desafios únicos a serem superados, portanto, essa mesma ferramenta talvez não ampare as deficiências específicas que você busca eliminar ou melhorias que você busca implementar.
A ferramenta ideal para o seu negócio é aquela que se adequa ao seu momento, procure relacionar o que você prioriza no “agora” – desafios reais que tiram suas noites de sono. Isso permite que você mantenha o foco e não se perca em uma infinitude de ofertas encontradas no mercado.
Indo além do olhar no produto, também dê preferência ao fornecedor que tem experiências reais no seu segmento, fique de olho se a empresa tem clientes na sua área, casos de sucesso, depoimentos e se é referenciada em pesquisas de renome. Isso garante que a solução ofertada se encaixa adequadamente ao seu negócio e que a empresa que fornece o produto fala a sua língua, abrindo margem para o desenvolvimento de futuros projetos personalizados.
4. Test Drive
Você estudou o produto e o fornecedor e realmente tudo indica que essa é a solução ideal para o seu negócio, porém você ainda tem dúvidas, e se você apostar errado, tempo e dinheiro serão gastos, além de uma possível paralisação de processos na troca para um sistema que não atende as expectativas.
Pois antes de bater o martelo e tomar a sua decisão, faça um test drive da solução. Além de acompanhar uma demonstração com um consultor, veja se o produto tem algum tipo de trial, ou senão, peça a documentação e monte um RFP (Request For Proposal).
A tecnologia veio para te ajudar
Esqueça ferramentas que te dão mais dor de cabeça do que facilidades, seja tecnologias já bem estabelecidas como CRM, ERP, CMS, BI ou tecnologias em ascensão. Se em plena era digital sua operação ainda se encontra em meio a demorados trabalhos manuais e uma complexidade na infraestrutura, já está na hora de ir a busca pela inovação.
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Autor do blog
Gabriel Venturiello
Coordenador de Marketing